A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, com atuação em 38 países e que caiu na boca popular desde que parte das suas ações puderam ser adquiridas com o dinheiro do FGTS dos trabalhadores, divulgou na última noite os resultados relacionados ao ano de 2010. Com recordes de receita, lucro e margem operacionais, geração de caixa e lucro líquido, a empresa transpareceu uma forte recuperação e um desempenho acima das expectativas do mercado.
O lucro líquido de R$ 30 bilhões no ano passado, quase três vezes maior do que o apurado no exercício anterior, foi o maior na história da empresa. “A Vale já projetava um resultado excelente, entretanto veio acima do esperado. A companhia aumentou o volume de vendas de minério de ferro e o preço praticado foi mais baixo, o que não acabou impactando seu desempenho. Outro ponto importante foi o aumento nas vendas do níquel no 4T10, 53,6% maior se comparado ao mesmo período de 2009. Já neste trimestre, o minério foi reajustado para cima, o que deve impulsionar um resultado ainda melhor. As perspectivas são positivas para 2011”, afirma o economista e analista de mercado, José Góes.
Entre os recordes, a receita operacional de R$ 85 bilhões superou em 71,3% o conquistado em 2009. O lucro operacional medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos) foi de R$ 40,5 bilhões no ano passado, 35,7% maior que a maior marca registrada, em 2008.
A geração de caixa, medida pelo EBITDA (ganhos antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) superou a última marca histórica de 2008 em 32,4%, com R$ 46,3 bilhões, resultado da valorização do preço do minério de ferro no mercado mundial e também da redução no pagamento de impostos da empresa.
A produção de minério de ferro também foi recorde. Foram produzidas 308Mt em 2010, um número quase 30% acima do de 2009 e 1,5% maior do que o recorde anterior de 303Mt em 2007.
Outro número que agradou foi o lucro por ADR (American Depositary Receipt), de US$ 1,12, um percentual de 11% além das expectativas do mercado.
Vale perde terreno na China - A China é o principal mercado da companhia, responsável por 33,1% das receitas da Vale (o Brasil vem logo atrás, com 17,5%), entretanto a empresa divulgou uma queda de 4,6 pontos percentuais na participação do país asiático entre 2009 e 2010 na receita operacional da empresa (de 36,9% para 32,3%).
Para Góes, essa queda é reflexo da economia e uma tendência daqui para frente. “No ápice da crise a Vale concentrou quase tudo na China e logo que o cenário melhorou passou a diversificar. Eu vejo esse fato de duas maneiras: podemos interpretar que a China está demandando menos, o que de certa forma pode causar alguma preocupação, mas também que a Vale é muito ágil e se adapta de forma rápida e eficiente às condições da economia global. De qualquer forma, acho que a primeira hipótese levantada é a menos provável, visto que os preços no mercado spot já estão batendo novo recorde”.
Perspectivas – Alguns projetos aprovados recentemente pela Vale devem auxiliar no caminhão de expansão. É o caso de Carajás, que possui os melhores depósitos de minério de ferro do mundo e atingiu marca recorde de produção de 101Mt da commodity em 2010. A própria empresa divulgou em seu relatório de produção para o ano de 2010 que “dada a forte demanda global por minerais e metais e as boas expectativas para o futuro próximo, a excelência das nossas operações atuais e os aumentos de capacidade provenientes dos novos projetos, que serão entregues no futuro próximo e as que já estão sendo comissionadas e em processo de ramp-up, esperamos continuar com excelente desempenho operacional e uma contribuição significativa para a criação de valor para o acionista”.
Para Góes, da WinTrade, o resultado foi excelente, mas já era esperado. Agora os investidores devem ficar atentos aos próximos passos da empresa e do setor. “Uma questão que deve ser levantada, por exemplo, é se os preços do minério e do níquel serão sustentados ou se há uma bolha. Isso influenciará o desempenho da companhia e do nicho em si. Caso esses preços sejam sustentados, acredito que a Vale continuará a evoluir em seus futuros resultados. As perspectivas para os dois próximos trimestres são muito positivas. A empresa deve vender mais níquel, tem capacidade para produzir e exportar ainda mais. Creio que ela continuará crescendo no longo prazo também”.
O lucro líquido de R$ 30 bilhões no ano passado, quase três vezes maior do que o apurado no exercício anterior, foi o maior na história da empresa. “A Vale já projetava um resultado excelente, entretanto veio acima do esperado. A companhia aumentou o volume de vendas de minério de ferro e o preço praticado foi mais baixo, o que não acabou impactando seu desempenho. Outro ponto importante foi o aumento nas vendas do níquel no 4T10, 53,6% maior se comparado ao mesmo período de 2009. Já neste trimestre, o minério foi reajustado para cima, o que deve impulsionar um resultado ainda melhor. As perspectivas são positivas para 2011”, afirma o economista e analista de mercado, José Góes.
Entre os recordes, a receita operacional de R$ 85 bilhões superou em 71,3% o conquistado em 2009. O lucro operacional medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos) foi de R$ 40,5 bilhões no ano passado, 35,7% maior que a maior marca registrada, em 2008.
A geração de caixa, medida pelo EBITDA (ganhos antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) superou a última marca histórica de 2008 em 32,4%, com R$ 46,3 bilhões, resultado da valorização do preço do minério de ferro no mercado mundial e também da redução no pagamento de impostos da empresa.
A produção de minério de ferro também foi recorde. Foram produzidas 308Mt em 2010, um número quase 30% acima do de 2009 e 1,5% maior do que o recorde anterior de 303Mt em 2007.
Outro número que agradou foi o lucro por ADR (American Depositary Receipt), de US$ 1,12, um percentual de 11% além das expectativas do mercado.
Vale perde terreno na China - A China é o principal mercado da companhia, responsável por 33,1% das receitas da Vale (o Brasil vem logo atrás, com 17,5%), entretanto a empresa divulgou uma queda de 4,6 pontos percentuais na participação do país asiático entre 2009 e 2010 na receita operacional da empresa (de 36,9% para 32,3%).
Para Góes, essa queda é reflexo da economia e uma tendência daqui para frente. “No ápice da crise a Vale concentrou quase tudo na China e logo que o cenário melhorou passou a diversificar. Eu vejo esse fato de duas maneiras: podemos interpretar que a China está demandando menos, o que de certa forma pode causar alguma preocupação, mas também que a Vale é muito ágil e se adapta de forma rápida e eficiente às condições da economia global. De qualquer forma, acho que a primeira hipótese levantada é a menos provável, visto que os preços no mercado spot já estão batendo novo recorde”.
Perspectivas – Alguns projetos aprovados recentemente pela Vale devem auxiliar no caminhão de expansão. É o caso de Carajás, que possui os melhores depósitos de minério de ferro do mundo e atingiu marca recorde de produção de 101Mt da commodity em 2010. A própria empresa divulgou em seu relatório de produção para o ano de 2010 que “dada a forte demanda global por minerais e metais e as boas expectativas para o futuro próximo, a excelência das nossas operações atuais e os aumentos de capacidade provenientes dos novos projetos, que serão entregues no futuro próximo e as que já estão sendo comissionadas e em processo de ramp-up, esperamos continuar com excelente desempenho operacional e uma contribuição significativa para a criação de valor para o acionista”.
Para Góes, da WinTrade, o resultado foi excelente, mas já era esperado. Agora os investidores devem ficar atentos aos próximos passos da empresa e do setor. “Uma questão que deve ser levantada, por exemplo, é se os preços do minério e do níquel serão sustentados ou se há uma bolha. Isso influenciará o desempenho da companhia e do nicho em si. Caso esses preços sejam sustentados, acredito que a Vale continuará a evoluir em seus futuros resultados. As perspectivas para os dois próximos trimestres são muito positivas. A empresa deve vender mais níquel, tem capacidade para produzir e exportar ainda mais. Creio que ela continuará crescendo no longo prazo também”.
*Com informações de agências de notícias e do site da Vale
Este material está disponível em www.WinTrade.com.br/WinNews
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David Franklin