sexta-feira, 1 de abril de 2011

18 maneiras de seguir uma alimentação saudável


Nutricionistas entregam as dicas para comer bem e viver mais

Por: Fernando Menezes

Ter uma alimentação saudável é essencial para alcançar uma maior qualidade de vida. O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Em contrapartida, é fácil incluir no cardápio alimentos heróis da resistência e da longevidade. Por isso, o Minha Vida convocou um time de especialistas para entender os bons hábitos que cada um deles indica para o seus pacientes, mas também segue como se fosse um mantra.

1.Não fique sem comer
"O mais importante é não passar longos períodos sem comer. Fazer pequenos lanches entre as grandes refeições é fundamental, pois ao restringir energia o metabolismo tende a ficar mais lento, como uma forma de poupar energia que lhe foi fornecida, o que acaba dificultando a perda de peso. Além disso, provavelmente a pessoa irá comer mais na próxima refeição, buscando alimentos mais calóricos, como uma forma de compensação, o que também resultará em ganho de peso." (Carla Fiorillo, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo)
alimentação saudável
2.Sinta prazer comendo
"A alimentação também é fonte de prazer. Não se torne escravo de dietas e calorias, pois existem cada vez mais estudos que evidenciam que pessoas que se preocupam demais com a forma física tendem a sofrer maiores oscilações de peso, além de serem insatisfeitas com o próprio corpo. Estar bem consigo mesmo e cuidar do corpo com atividade física e alimentação saudável são as melhores formas de obter uma boa qualidade de vida." (Carla Fiorillo, nutricionista da Universidade Federal de São Paulo) 

3.Busque alimentos naturais

"Siga uma alimentação o mais natural possível e tente fugir de refeições com muitos produtos industrializados. Se comer um macarrão industrializado, faça você mesmo um molho caseiro. Se quiser tomar um suco de frutas, tente tomar o natural, pois os alimentos industrializados contêm muitas substâncias como corantes e conservantes, que possuem altas quantidades de sódio e podem, em longo prazo, causar hipertensão e sobrecarregar os rins." (Daniela Cyrulin, nutricionista da USP e da Instituto Saúde Plena)

4. Faça substituições
 "Tente substituir alimentos mais pesados e gordurosos por versões mais leves sempre que possível: faça macarrão de palmito pupunha desfiado, arroz de couve-flor cozida, troque o presunto por peito de peru, compre o atum em água no lugar do atum em óleo, troque os queijos gordurosos por versões mais leves como o queijo cottage e a ricota, substitua o queijo parmesão ralado por ricota defumada e ralada." (Daniela Cyrulin, nutricionista da USP e da Instituto Saúde Plena)
5. Escolha o lugar certo para comer
"As refeições devem ser feitas em lugares tranquilos e sem pressa. Comer bem devagar, sem pensar em compromissos e mastigar muito bem os alimentos fará com que você se sinta saciado mesmo ingerindo uma menor quantidade de comida. Também evite comer assistindo televisão, na frente do computador ou trabalhando, pois nessas situações perdemos a noção da quantidade de comida que estamos ingerindo." (Lidiane Martins, nutricionista diretora do NutryUp) 

6.Fuja da farinha

"Uma pessoa que está buscando uma alimentação mais saudável deve evitar produtos com farinha refinada, como massas, bolos, biscoitos e alimentos processados, ricos em gordura e açúcar, como pipoca de microondas, sopas prontas cremosas, preparações congeladas, batatas chips e salgadinhos. Também vale caprichar em ervas aromáticas para temperar a comida como: alho, cebola, salsa, cebolinha, manjericão, alecrim, louro, orégano, sálvia, curry, açafrão e coentro" (Lidiane Martins, nutricionista diretora do NutryUp) 

7. Coma de tudo
"O mais importante é perceber que nenhum alimento é proibido, a não ser que a pessoa precise fazer uma dieta restritiva, caso seja paciente de diabetes ou doença celíaca, por exemplo. É muito comum que as pessoas pensem que comer só salada é uma boa forma de manter a alimentação saudável, mas isso não é verdade. O famoso "prato colorido", ou seja, aquele que tem uma fonte de fibras, minerais, vitaminas e proteínas é sem dúvida o prato mais saudável"(Roberta De Lucena Ferretti, nutricionista e professora do curso de nutrição clínica na Universidade Gama Filho)
Almoço- Foto Getty Image
8. Estabeleça metas para a semana
"Além disso, pensar em longo prazo e criar um hábito saudável é muito importante. Dificilmente a pessoa consegue ingerir todos os alimentos que são fontes de vitaminas que o corpo precisa em um dia. Para isso, ela teria que comer vários tipos de frutas, carnes, legumes e verduras todos os dias. O melhor é fazer as metas para toda a semana. Fica mais fácil distribuir a alimentação adequada nesse período" (Roberta De Lucena Ferretti, nutricionista e professora do curso de nutrição clínica na Universidade Gama Filho) 

9. Seja persistente 
"Muito provavelmente, a mudança para uma alimentação adequada não ocorrerá do dia para a noite. Você deverá provar alimentos que não são de costume como frutas, legumes, verduras. Aceite que o paladar deverá ser estimulado. Desistir na primeira tentativa é um erro. Todos os dias, selecione alguns desses alimentos. Não gostou? Prove novamente. Tudo bem se você rejeitar, inicialmente. Mas desistir na primeira tentativa é subestimar o seu poder de mudança." (Roberta Stella, nutricionista chefe do programa de emagrecimento Dieta e Saúde) 

10. Escreva sobre suas refeições 

"Comece a fazer um diário alimentar. Escreva todos os alimentos ingeridos durante o dia, as quantidades e horários em que fez as refeições. Facilmente, você perceberá o erro e onde está o excesso. O diário alimentar servirá como um puxão de orelha para quem está fazendo uma alimentação inadequada. Mas, por outro lado, dará um estímulo grande quando perceber que está com disciplina e determinação, conseguindo colocar alimentos saudáveis em todas as refeições e reduzindo a quantidade dos alimentos menos saudáveis." (Roberta Stella, nutricionista chefe do programa de emagrecimento Dieta e Saúde) 

11. Hidrate-se 
"Beba pelo menos dois litros, mais ou menos oito copos de água todos os dias. A água ajuda na hidratação da pele e é fundamental como meio de transporte de algumas vitaminas hidrossolúveis como a vitamina B1, B2, B6, B12 e a vitamina C. Além disso, a água é essencial para que o corpo fique disposto durante todo o dia." (Rosana Farah, nutricionista e professora dos cursos de graduação em nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie)
12.Ataque as frutas 
"Consuma entre três e cinco porções de frutas todos os dias. Laranjas, maçãs, peras, melancia, tangerina, entre outras, são as melhores fontes naturais de vitaminas, minerais e fibras. Esses três componentes auxiliam o bom funcionamento do nosso intestino e auxiliam o nosso metabolismo a continuar ativo mesmo nos intervalos entres as refeições." (Rosana Farah, nutricionista e professora dos cursos de graduação em nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie) 

13. Deixe o açúcar de lado
"Alimentos que têm uma grande quantidade de açúcar refinado são dotados de processos químicos na sua produção e possuem altíssimo índice de glicose, que aumentam os índices de glicemia do corpo. Essas características, aceleram o envelhecimento, aumentam flacidez por desestruturar o colágeno da pele e ainda possuem calorias, porém são desprovidos de nutrientes. Hoje em dia encontramos adoçantes naturais como a sucralose, derivada da cana de açúcar, porém sem calorias e sem alto índice glicêmico e a stevia, derivado de uma planta natural." (Daniela Jobst, nutricionista da Clínica NutriJobst) 

14. Consumir alimentos fontes de antioxidantes

"As substâncias antioxidantes bloqueiam a ação dos radicais livres no organismo, prevenindo a oxidação das células. Esses elementos são capazes de prevenir o aparecimento de tumores, o envelhecimento precoce e outras doenças. Alimentos com cores fortes, como tomate, goiaba, romã, cenoura, abóbora, manga, açaí, berinjela, uva, folhas verdes, legumes e brócolis, são ricos em antioxidantes." (Daniela Jobst, nutricionista da Clínica NutriJobst)
15.Saiba o que você está comendo 
"O essencial é entender que as calorias são o combustível para o nosso organismo e que, sem elas, o nosso corpo fica sem energia. Escolher os alimentos só pelo número de calorias não é o mais indicado. Muitas vezes as calorias não são os principais perigos dos alimentos. O que na verdade faz toda a diferença na hora de uma alimentação saudável é a qualidade de nutrientes. A quantidade de gorduras, por exemplo. Por isso é importante ler os componentes de cada alimento." (Camila Leonel, nutricionista e Especialista em Adolescência Universidade Federal de São Paulo) 

16.Saiba combinar os alimentos
 "O segredo da boa alimentação está em combinar todos os tipos de nutrientes como carboidratos, proteínas, gorduras, minerais, vitaminas, fibras e água. A regra geral é que não há um tipo de alimento que deva deixar completamente a sua dieta, mas sim quantidades de nutrientes que devem ser controladas. Tudo é uma questão de variar o cardápio, não deixar de fora nenhum tipo de alimento e sempre comer em pequenas porções ou quantidades." (Camila Leonel, nutricionista e Especialista em Adolescência Universidade Federal de São Paulo) 

17. Coma sem medo
"Hoje são tantas informações sobre a alimentação que as pessoas ficam com medo de comer. Quem procura uma dieta já não sabe mais se é bom ou não comer certo alimento, se é saudável deixar de ingerir certas comidas ou que tipo de substância engorda. Comer é importante, vital para a vida. Para quem tem dúvidas sobre dietas, a alimentação básica que nossos avôs conheciam e praticavam, ainda é uma boa dica por ter todos os tipos de nutrientes que o corpo precisa." (Ana Maria Roma Devorais, nutricionista especializada em distúrbios alimentares) 

18. Procure o que você gosta
 "Comer de tudo um pouco, de todos os grupos de alimentos. Cereais (prefira as versões integrais), grãos, carnes/aves/peixes, frutas, verduras, leite e derivados e até mesmo as guloseimas. Praticar uma alimentação saudável também é saber comer alimentos "não tão saudáveis", mas que são apetitosos e fazem parte da cultura, da tradição de uma família. Não dá para comer só guloseimas , mas não podemos deixar colocar em nossas refeições aquelas comidas que dão sensação de bem-estar." (Ana Maria Roma Devorais, nutricionista especializada em distúrbios alimentares)
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Atitudes como geradoras de valor para marca

Leia a entrevista com Eduardo Tomiya, diretor-geral da Brand Analytics.

Por Com:Atitude, do Mundo do Marketing

pauta@mundodomarketing.com.br

De que forma uma atitude gera, efetivamente, condições para que uma marca eleve seu valor percebido por parte das audiências? Ao exprimirem a identidade, os atributos e o posicionamento estratégico de uma empresa, os programas, patrocínios e ações de uma companhia contribuem de modo direto no valor de uma marca junto ao mercado. E, para compreendermos melhor esta questão, mostro a entrevista de Eduardo Tomiya. 


Tomiya é diretor-geral da consultoria Brand Analytics – ligada à empresa de pesquisas Millward Brown -, além de PhD pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Anteriormente, ocupou o cargo de diretor de avaliação de marcas na Interbrand e, também, exerceu a posição de sócio-diretor de Corporate Finance na Trevisan. Hoje, é professor de cursos de pós-graduação em diversas faculdades.

Leia a entrevista com Eduardo Tomiya, diretor-geral da Brand AnalyticsSob o ponto de vista da geração de valor percebido, qual é o papel dos programas/patrocínios ambientais, culturais, esportivos, de entretenimento e comportamento na construção do patrimônio de marca?
Eduardo Tomiya: Em diversas avaliações, é possível quantificar financeiramente o impacto dos patrocínios no valor da marca. Nestes casos mostrou-se que o patrocínio gera valor em alguns aspectos bem específicos. Mas primeiro vale a pena ilustrar um pouco como se calcula o valor da marca. A força da marca (Brand Equities, que são compostos por uma série de parâmetros como conhecimento, lealdade, recomendação, atratividade, atributos únicos, entre outros) explicam os diferenciais percebidos em relação aos competidores. 

Neste sentido, o patrocínio pode gerar valor: 
  • 1) Na força da marca, no nível de conhecimento, associações com atributos únicos, e, até mesmo, diminuindo a rejeição e aumentando a atratividade dos públicos externos de maneira muito eficiente;
  • 2) Nos diferenciais percebidos ou no processo de decisão de compra, fazendo com que novamente exaltem-se os atributos únicos da marca desejados muitas vezes no posicionamento e
  • 3) Nas alavancas de valor da marca: como consequência desta cadeia de valor, ao final geram uma projeção de lucros futuros para muitas vezes maior que o investimento do patrocinador.

Estas atitudes, em sua opinião, têm se tornado estratégicas ou ainda estão muito focadas no curto prazo?
Tomiya: Minha percepção muito sincera é a de que muitas empresas ainda buscam patrocínios somente pelos benefícios fiscais que eles geram, ou seja, pela Lei Rouanet, sobretudo. Diversos patrocínios são feitos por empresas com este fim, e, neste sentido, tornam-se pouco produtivos, pois em alguns casos a marca que patrocina não chega nem a ativar o patrocínio e tampouco verifica se aquela atitude agrega ou não valor à marca. É uma pena. Outro ponto importante é que, em alguns casos, é um relacionamento que pode ser até mesmo pessoal do diretor de marketing e que, ao final, realmente a lógica me parece um pouco inversa. 

Vemos projetos maravilhosos no Brasil afora, como por exemplo Inhotim (centro de arte contemporânea de alto renome) ou até mesmo o Museu do Futebol, que chamam atenção e têm um conteúdo muito forte ainda a ser descoberto pelas empresas patrocinadoras. Sobre avaliar ROI (retorno sobre investimento) de um patrocínio, o curto prazo realmente me parece um pouco de perda de tempo, pois patrocínios muitas vezes são para se construir uma percepção, e não gerar market share de curto prazo.

Qual o papel da comunicação para a real efetividade de uma atitude de marca? Existem diferenças quando pensamos em públicos além do consumidor?
Tomiya: O papel é muito parecido em diversos públicos. Em muitos casos, inclusive, o valor da marca não está somente no consumidor final – B2C. Vamos pensar, por exemplo, em uma empresa tipicamente B2B como a Vale ou a Eletrobras. Se pensarmos exclusivamente no consumidor, acho que estaríamos nos equivocando no processo de avaliação de marca. Quantos gramas a mais de minério de ferro a Vale vendeu por conta de ter uma marca forte? Muito pouco. Porém, na hora de fechar um contrato de uma nova mina em determinado país desconhecido, se ela tiver uma boa imagem – e, aqui, a associação com a place branding Brasil, que dá uma conotação de povo amigo, simpático, um pouco inseguro – creio que aí a marca Vale associada à marca Brasil pode agregar valor. 

Por exemplo, ainda no caso da Vale, todos sabem da escassez de profissionais especializados na indústria de mineração como geólogos, engenheiro de minas, entre outros. Ou seja, os empregados disponíveis para a Vale no Brasil já são disputados. Este fator se atenua de gravidade quando a Vale hoje está praticamente no mundo inteiro. Portanto, aqui, a marca desempenha papel junto a um público fundamental, que é a comunidade acadêmica mundial. Olhe ainda o caso de um público estratégico como é o investidor. Por que a Vale, ao avaliar os parâmetros de valor de mercado da empresa por lucro (EBITDA), percebe que é muito maior que alguns concorrentes da mesma indústria? Aqui a marca desempenha papel nos investidores (sell side, buy side). Enfim, com isto o papel da comunicação de fato varia de público para público, e consequentemente o ROI e valor de marca devem ser propriamente mensurados para cada público.

A atitude de marca comunica de forma mais intensa e qualificada do que mídias de massa?
Tomiya: Sinceramente não consigo vê-las como competidoras. A melhor analogia que falo para alunos e clientes é que seria justo comparar a rentabilidade de uma aplicação como poupança diretamente com uma aplicação como uma compra de ações do mercado de capital? Claro que você não pode olhar somente a rentabilidade, você teria que observar o risco, a liquidez e montar uma carteira de investimento, que otimize o resultado como um todo. Entendo que no caso que estamos mencionando teríamos que de fato estruturar a gestão da verba de publicidade como um portfolio de investimentos, cuja ação conjunta pode gerar uma melhor composição de portfolio. 

E qual a realidade disto nas empresas? Ainda o tema é bastante discutido, mas para a mídia de massa existem poucos modelos financeiros de quantificação de ROI que façam o balanceamento entre os impactos de curto e longo prazo. Porém, é um tema que CMOs (Chief Marketing Officers) do mundo inteiro estão buscando. Um dos modelos que utilizamos consiste na quantificação de cenários de impacto de ações de comunicação e atitudes no valor da marca. Para isto, obviamente a empresa necessita ter a métrica de valor de marca incorporada na organização.

Qual o estágio de amadurecimento das métricas em atitude de marca? Elas fornecem subsídios estratégicos para a gestão dessas ações?
Tomiya: Em grande parte dos casos, utiliza-se a avaliação do valor de marca como referência para processo de gestão de forma contínua. A repetição ou o que chamamos de tracking fornece uma informação valiosíssima com a qual se pode fazer exercícios de causa-efeito de maneira muito rica.

As marcas, em sua visão, preocupam-se em tangibilizar sua identidade/atributos nas atitudes ou procuram seguir tendências de mercado?
Tomiya: Elas deveriam preocupar-se com esta tangibilização de sua identidade, visão e posicionamento. Porém ainda há um campo enorme para se melhorar isto, pois, conforme mencionei, aparentemente ainda existe uma visão um pouco distorcida deste processo.

Por quê?
Tomiya: Acho que sempre entendemos que, uma vez entendendo sua identidade, entendendo o contexto competitivo, sua estratégia de longo prazo e necessidades dos públicos, aí sim articula-se o posicionamento da marca, e como consequência deste posicionamento, demandam-se as atitudes da marca. Mas, conforme mencionei, este processo ainda não é tão estruturado em algumas empresas, o que dificulta um pouco entender papel da atitude como elemento estratégico da organização. Infelizmente, algumas companhias não têm um posicionamento de marca claro. Em algumas situações, a empresa até tem o posicionamento, mas busca nos patrocínios benefícios econômicos ou exclusivos de relacionamento pessoal quando, na verdade, está subvalorizando projetos de atitude de marca.

Este material está disponível em www.MundoDoMarketing.com.br
* Por Rodolfo Araújo. Esta reportagem foi publicada originalmente no portal Com:Atitude, da Edelman Significa, e agora no Mundo do Marketing de acordo com parceria que os dois portais mantêm.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Social Commerce, a onda do momento


Consumidores começam a se familiarizar com o conceito ainda pouco utilizado pelas marcas.


Por: Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing
sylvia@mundodomarketing.com.br


Aproveitar a febre das redes sociais para vender. Esta é a proposta do Social Commerce, conceito ainda recente no Brasil e no mundo. Em tese, a prática une as lojas virtuais às ferramentas de mídia social, mas pode ir além. A ideia é usar a tecnologia para incentivar e facilitar uma prática muito comum entre os consumidores: a troca de informações sobre produtos, marcas e serviços entre amigos.

Com o Social Commerce, as empresas têm a chance de ampliar o relacionamento com os clientes e agregar credibilidade ao que oferecem. No Brasil, surgem alguns cases de marcas que aproveitam o conceito, mesmo que não apliquem a ideia na íntegra. É o caso de redes sociais como byMK e Frugar e de marcas como HP e Drogaria Onofre.

“A tecnologia veio para ajudar a fazer o que já se fazia muito bem no passado, mas atingindo um número maior de pessoas ao mesmo tempo. Social Commerce é isso: consumidores unidos trocando informações para comprar. Uma coisa é ouvir que o notebook da HP é legal do seu amigo, outra é ouvir da própria HP, por exemplo”, explica Pedro Eugênio, Sócio-Fundador do Busca Descontos, em entrevista ao Mundo do Marketing.

  De olho nos esmaltes

Aproveitando a tendência, a Drogaria Onofre resolveu unir elementos de interação típicos de redes sociais ao seu e-commerce. A empresa lançou uma loja virtual de esmaltes, em que as consumidoras podem deixar dicas relacionadas ao assunto. Na página é possível ainda ver todos os comentários postados no Twitter da Onofre sobre o tema.

A ideia da loja exclusiva para esmaltes aproveitou o boom dos produtos na internet, que viraram mania em blogs e sites de beleza. “A Onofre tem uma gama grande de produtos. É difícil localizá-los no site. Então pensamos em trabalhar nichos. O esmalte é o primeiro deles. Quisemos não só criar a página, como também ter interação, porque as pessoas têm dicas para contar e gostam de participar”, diz Lismeri Ávila, Diretora de Operações da Drogaria Onofre, em entrevista ao portal.

O resultado foi positivo. Na primeira semana, a empresa observou uma manifestação a cada quatro minutos, com 30 dicas recebidas nos dois primeiros dias. Destacar os esmaltes em uma sessão exclusiva também aumentou as vendas. Algumas marcas que não eram tão conhecidas dos clientes Onofre, como Mavala e Bourjois, viram seu lucro triplicar.

Vídeos e venda
A HP também resolveu investir em mídia social para se aproximar dos consumidores. Inspirada em casos como o da marca europeia de moda French Connection, a companhia lançou uma loja virtual no Youtube. Na página, além de comentar sobre os seus produtos e ler o que os consumidores têm a dizer, os internautas encontram vídeos explicativos. Caso se interessem por algum produto específico, é só clicar e ser redirecionado para o e-commerce.

A HP busca formas de proporcionar experiências no ponto de venda físico, convidando o cliente a ir à loja. Na internet é um desafio, por isso a ideia do Youtube. O consumidor brasileiro tem o hábito de acessar vídeos para entender melhor os produtos. Então resolvemos fazer uma conexão entre vídeos e venda, com nossa loja online”, conta ao portal Renata Gaspar, Diretora de Marketing da HP no Brasil.

O projeto foi desenvolvido exclusivamente para o mercado nacional, mas já desperta o interesse do time mundial de Marketing da HP. Duas semanas após o lançamento, a HP YouStore já figura entre os cinco brandchannel mais acessados no Youtube, contabilizando cerca de 123 mil exibições e 476 internautas inscritos.

Confiança na hora de consumir
Por ser um conceito novo, entretanto, o Social Commerce pode ser aplicado de várias formas, basta que o consumidor esteja no centro da estratégia das empresas e as informações obtidas a partir dele ajudem na venda. A Amazon pode ser considerada uma das primeiras companhias a unirem comércio eletrônico e interação social. O site ficou conhecido por dar espaço aos internautas para indicarem e comentarem sobre produtos por meio de comentários.

“O Social Commerce permite maneiras novas para que o cliente sinta-se mais seguro ao comprar. A aprovação de pessoas em quem confia vale muito mais do que a da própria marca. Isso aumenta a probabilidade de efetuar a compra”, acredita Natan Sztamfater, Sócio-Diretor da agência CookieWeb, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Redes sociais como o byMK também utilizam o conceito, mesmo não realizando vendas. No site, os usuários cadastrados podem trocar informações sobre marcas de moda e seus produtos. A interação gerada a partir da rede acaba por influenciar a decisão de compra dos consumidores.

Caminho de decisão para a compra
Aproveitando a oportunidade de mercado, o Frugar nasceu para dar espaço aos internautas que desejam discutir sobre produtos e serviços. “Vimos que na internet não havia um lugar onde as pessoas pudessem fazer essa troca de forma mais direta. Nas redes sociais como Orkut e Facebook, as informações se perdem, já que o conteúdo não é específico”, ressalta Rodrigo Waissman, Diretor de Marketing do Frugar.

No site lançado em novembro de 2010, os usuários encontram resenhas feitas pelos próprios internautas, o que acaba dando uma percepção de confiança aos consumidores. Mesmo que a opinião seja de um desconhecido, ela acaba sendo levada em conta porque o cliente se identifica com o contexto do outro, que entende a sua necessidade.

Apesar de não ser um canal de venda direto, o Frugar disponibiliza ainda uma busca por produtos que apresenta os preços para que o cliente decida em que varejista online deseja comprar. “Nossa preocupação é oferecer ao nosso usuário todo o caminho da decisão de compra. Desde a consulta a amigos, passando pela concretização e, depois, podendo falar se ficou satisfeito ou não”, relata Waissman.

Os exemplos mostram que o Social Commerce tende a ser um caminho sem volta. Basta que as marcas saibam unir ferramentas de mídia social à venda. “Há 10 anos, quem mandava era a indústria. Depois foi a vez do varejista. Agora, o poder está na mão do consumidor. Se ele fala que não gosta, a repercussão é muito fácil de ser ouvida. As oportunidades de negócio estão para as empresas que conseguirem capturar essas informações e mostrá-las de um jeito fácil e interessante”, diz o Sócio-Fundador do Busca Descontos.



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Ensino médio poderá ter grade horária livre

Secretários estaduais apoiaram proposta do CNE que pede flexibilização de currículo e ênfase em trabalho, ciência e cultura.
Por: Cinthia Rodrigues, iG São Paulo

As diretrizes brasileiras para o Ensino Médio, em vigor desde 1998, devem ser substituídas nas próximas semanas. Conforme adiantou o iG, o novo texto vai enfatizar que não há uma grade currícular fixa para a etapa e incentivar que cada escola ou rede monte o próprio currículo com ênfase em trabalho, ou em ciência e tecnologia ou em cultura.
A proposta está em estudo pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) há 8 meses e aguardava um retorno das secretarias de educação estaduais – responsáveis por mais de 90% das matrículas desta etapa - que receberam o documento após a posse dos novos titulares da pasta, em janeiro. Nesta quarta-feira, o projeto foi apresentado pelo relator, José Fernandes de Lima, em reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) que ocorre em Palmas, no Tocantins.
Foto: Guilherme Lara Campos/FotoarenaAmplia
“Com algumas sugestões de mudança de redação, eles aprovaram a essência do projeto”, diz Lima. “Há um consenso de que é preciso mudar algo para tornar esta fase mais atrativa para o adolescente.”ensino médio tem os piores indicadores de aprendizado e conclusão da educação brasileira: apenas metade dos matriculados concluí os estudos e 10% aprende o que seria o mínimo adequado segundo as expectativas vigentes.
As novas diretrizes esperam que a ênfase em trabalho, ciência e tecnologia e cultura e a maior flexibilização criem diversidade de projetos que atraiam os jovens. “Vamos deixar bem claro que cada escola ou sistema está liberado para enfatizar mais uma ou outra área sem se prender a cargas horárias. Tem que ensinar matemática, português e outros conteúdos sim, mas pode ser dentro de um projeto sobre o que for melhor para a comunidade”, explica o relator.
Próximos passos
O documento agora segue para votação dentro do CNE no dia 6 e depois aguarda homologação do ministro da Educação, Fernando Haddad. “Acredito que isso será resolvido em semanas”, afirma Lima.
Segundo ele, após a aprovação das diretrizes, outros processos serão necessários como a visita aos estados para tirar dúvidas e uma nova discussão das expectativas de aprendizagem mantidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e que direcionam avaliações como o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). “A resolução não tem palavras mágicas, para ela mudar o sistema será necessário muito trabalho das diferentes esferas do governo”, diz o relator.
Segundo ele, os estados de Pernambuco e Mato Grosso já solicitaram visitas para conversas com técnicos no intuito de fazer adaptações. “Entendemos que no ensino médio a flexibilização pode ser maior, pois o adolescente já sabe melhor o que quer e poderá escolher entre diferentes propostas”.
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quarta-feira, 30 de março de 2011

Intel Sandy Bridge: testado o novo processador!

Mais rápido e com opções para geração de vídeo e menor consumo de energia, o Intel Core i7 já chegou ao mercado brasileiro.
No início do ano você deve ter acompanhou aqui, o lançamento da segunda geração da família de processadores Core. Agora, chegou a hora de tirar a prova dos nove: avaliamos um desktop equipado com um processador Intel Core i7.



Os resultados de desempenho são realmente impressionantes. A velocidade dessa nova geração de processadores nos surpreendeu. E tem um dado super interessante: comparamos esse desempenho não só com outros processadores, mas também com o próprio chip ativando ou não algum dos novos recursos.

Nesses novos chips, a chamada GPU, ou unidade de processamento gráfico, está integrada. Com isso, um dos pontos altos do Intel Core i7 é o manuseio de vídeo. Testamos a conversão de um vídeo. Num primeiro teste apenas com um núcleo funcionado, o trabalho levou cerca de 9 minutos para ser concluído. Com potência total, a tarefa levou apenas 2 minutos e 20 segundos. Quase quatro vezes mais rápido.

Uma das características mais comentadas desses novos processadores é a chamada Turbo Boost. Basicamente, o Turbo Boost se encarrega de desligar partes do processador quando elas não estão em uso. Quando você precisa de mais desempenho, ele ativa todos os circuitos para performance máxima. Nos notebooks, ela significa mais tempo de duração das baterias, já nos desktops, esse menor consumo de energia se reflete em economia na conta de luz.

Se você se interessou pelo Intel Sandy Bridge e quer comprar uma nova máquina com esses processadores, saiba que elas já estão chegando às lojas brasileiras. É só procurar pela segunda geração da família Core.



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#Matéria original alterada

Matrícula em cursos tecnológicos sobe 26%, aponta censo do MEC


Enquanto o ensino superior brasileiro demonstra, de forma geral, sinais de estagnação, as graduações tecnológicas despontam com crescimento notável. Dados do novo Censo da Educação Superior revelam que o número de matrículas em [cursos de] tecnólogos cresceu 26,1% - o índice geral dos cursos subiu apenas 2,5%.


Segundo o censo, os 486.730 alunos dos cursos tecnológicos hoje representam 11% do total do País. Nos últimos anos, os governos federal e estaduais têm investido no ensino técnico, tanto na educação básica quanto na superior. Durante a cerimônia de posse no início do ano, a presidente Dilma Rousseff (PT) prometeu ampliar o Programa Universidade para Todos (ProUni) para o ensino médio e profissionalizante. Apesar dos incentivos públicos, o censo mostra que a grande expansão se concentrou na rede particular de ensino.

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a importância dos cursos tecnólogos se deve ao fato de terem curta duração e de serem voltados especificamente para o mercado de trabalho. "A aceitação rápida no mercado, a duração e também os preços mais baratos das mensalidades atraem",diz o pró-reitor da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Danilo Duarte.

Para o presidente da Associação Brasileira de Mantenedores do Ensino Superior (ABMES), Gabriel Rodrigues, os tecnólogos atraem um público mais velho e que já está no mercado. "São pessoas que querem ter uma formação na área em que trabalham", diz.

É o caso de Géssica Damasceno, de 21 anos. Ela cursa Visagismo e Estética Capilar, curso da Unicsul que foca em técnicas que valorizam a beleza. "Já trabalho como cabeleireira e queria me aprofundar em tudo que existe sobre a área", conta.

Apesar do crescimento, os tecnólogos ainda enfrentam preconceito. Em outubro, reportagem do Estado mostrou que empresas estatais, como a Petrobrás e a Caixa Econômica Federal excluem os tecnólogos dos editais de concurso. Para Rodrigo Capelato, diretor executivo do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (SEMESP), o preconceito tende a diminuir. "É uma questão de tempo. O mercado não pode se dar ao luxo de recusar mão de obra de qualidade".

Fonte: ABMES
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Poderia um iPod funcionar por meio das batidas do coração?

Por: Silvio Sousa Cabral

Avanços em nanotecnologia feitos pela Universidade da Geórgia (Estados Unidos) estão dando origem a componentes eletrônicos capazes de gerar energia com movimentos naturais do corpo humano, incluindo as batidas do coração. Com base no que os pesquisadores conseguiram obter, é possível que futuros aparelhos de baixo consumo de energia serão capazes de funcionar sem a necessidade de serem manualmente recarregados.
Na lista de potenciais candidatos a fazer bom uso desta tecnologia, estão os modelos mais modestos do iPod, que poderiam gerar energia não apenas com o movimento do corpo, mas também com os gestos aplicados em sua superfície — no caso do iPod nano. Os pesquisadores estão interessados em obter com eletrônicos resultados similares ao funcionamento dos relógios antigos de pulso.
Atualmente, os chips criados para gerar energia usam cinco nanogeradores, capazes de produzir uma diferença de potencial equivalente a duas pilhas AA comuns. Parece pouco, mas é o suficiente para que pequenos LCDs e transmissores de sinal de rádio funcionem com sucesso, hoje em dia.
[via The Telegraph]
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Dell e HP criticam estratégia da Apple e duvidam do sucesso do iPad em negócios

Por Silvio Sousa Cabral

Na mente dos usuários comuns, o interesse do iPad como tablet está bem claro — não é à toa que o lançamento da sua segunda geração foi um sucesso nos primeiros 26 países onde ela já entrou. Entretanto, ainda está sendo difícil para a Apple convencer empresas de que um dos seus principais gadgets pode oferecer enormes ganhos no ambiente corporativo, mesmo afirmando que existem alguns projetos ambiciosos com ele na maioria das 100 maiores multinacionais.
Entretanto, fora do contexto das empresas ricas do mundo, alguns duvidam da capacidade da Apple de se tornar bem-sucedida nas empresas com o iPad. Para Andy Lark, chefe de marketing da Dell (que pretende competir com ela no segmento), não são produtos totalmente proprietários como ele que ganharão força no mercado corporativo, sem falar que a estratégia da Maçã pode ser considerada mais cara em função da necessidade de acessórios para a tablet.
“Um iPad com teclado, mouse e uma case significa que você deverá arcar com US$1.500, US$1.600”, disse Lark, que certamente não fez as contas direito — uma projeção feita pelo AppleInsider sugere que os três acessórios custariam menos de US$250, enquanto própria tablet sai por no máximo US$830 (nos Estados Unidos). Por outro lado, é fato que algumas empresas darão preferência a aparelhos adaptados aos sistemas que já possuem em funcionamento, de forma que a Dell poderá fazer algum sucesso no futuro oferecendo tablets baseadas no Android e no Windows 7.
Já a HP acredita que a Apple perderá a chance de ficar ao lado das empresas devido à falta de uma política uniforme para atendê-las. De acordo com Stephen DeWitt, executivo da empresa em relações empresariais, o relacionamento da Maçã com parceiros é “completamente transacional”, sem esperanças de fidelidade. “A Apple não possui uma filosofia inclusiva de recursos para parceiros, e isso é um absurdo”, disse DeWitt.
Esses fatores aparentam ser pouco importantes, mas é normal que corporações deem o devido valor a eles na tomada de decisões — o que é normal; afinal de contas, é necessário justificar cada investimento em equipamentos com o devido retorno, na estratégia de qualquer um. Mas há de se questionar quem acredita que o problema da Apple com pequenas e médias empresas está no iPad em si: pode ser que a sua estratégia esteja mesmo errada, mas é uma questão de tempo até que isso fique de fato evidente.
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