Por Nilton Kleina
Quando o assunto é o Brasil, reclamamos da
corrupção e da impunidade na política, dos problemas na educação e da
sensação de insegurança. Quando se trata dos demais países, achamos que a
imagem da nação que é passada a eles é resumida em futebol, samba e
favelas.
No mundo da tecnologia, entretanto, isso não é bem assim. O Brasil é bastante respeitado na área e tornou-se com o tempo um grande berço de inovações que alcançaram todo o globo.
O Tecmundo juntou alguns desses notáveis pesquisadores em uma verdadeira seleção brasileira com o melhor da tecnologia tupiniquim.
É isso mesmo: em 1900, o brasileiro fez a primeira transmissão de voz
através de uma máquina sem a ajuda de fios, utilizando ondas
eletromagnéticas e modulação do som. A técnica era tentada por
cientistas de todo mundo, mas foi Landell o primeiro a ter êxito.
Infelizmente, o governo brasileiro não o ajudou na continuidade do projeto e apenas algumas de suas patentes foram reconhecidas aqui e nos Estados Unidos – ao contrário do italiano Marconi, considerado mundialmente como o inventor do rádio, que foi devidamente financiado e desenvolveu de vez a tecnologia.
O que pouca gente conhece é que um brasileiro é a cabeça por trás do aparelho: o engenheiro curitibano Alex Kipman, que vivia há mais de dez anos nos Estados Unidos quando teve a ideia para o aparelho.
A ideia veio de uma forma curiosa: durante as férias em sua terra
natal, ele se inspirou na vida sem tecnologia, botões e aparelhos em
excesso – e utilizou esse pensamento para inovar na área e dar controle
total ao corpo do jogador. O “Natal” do nome também não é coincidência: a
cidade é uma das favoritas de Kipman.
Movimentando-se através de levitação magnética, os trens maglev têm
problemas de consumo para manter-se fora do chão. É aí que entra o dedo
dos cientistas brasileiros: teoricamente, o projeto nacional não tem
consumo algum, exceto um gasto em nitrogênio em estado líquido, um
produto barato para universidades (cerca de R$ 0,80/litro). Até a
implantação do sistema seria mais em conta do que um sistema de metrôs,
por exemplo.
Mundialmente utilizado, o aparelho é capaz de rastrear quem está efetuando a chamada através da identificação de sinais e modulações de frequência. Projetado e patenteado em 1977, mas lançado só cinco anos depois, o BINA significa que “B (o receptor) identifica o número de A (quem está ligando)”.
Ainda na década de 1980, Nicolai recebeu o reconhecimento
internacional pela invenção. Em seguida, entrou em uma polêmica sobre
direitos autorais com operadoras brasileiras, que vendiam seu aparelho
sem a devida autorização.
Cinco anos depois, após a primeira grande crise do petróleo, o governo brasileiro entendeu a necessidade de apostar na invenção e lançou o Pró-Álcool, um programa nacional que incentivava o uso do combustível em veículos brasileiros.
O plano deu certo: atualmente, o país é o segundo maior produtor, o maior exportador e o primeiro a atingir o uso sustentável em etanol. O sucesso também é garantido pelos investimentos agrícolas na coleta da matéria-prima (no nosso caso, a cana-de-açúcar), mas a política sustentável brasileira também é reconhecida lá fora.
Imagine-se perdido em alto-mar ou vítima de um desastre natural. Sem
água potável para beber, a desidratação é inevitável. É aí que surge uma
das salvações, que no futuro pode estar em seu kit salva-vidas: um
canudo que filtra a urina e a deixa própria para consumo.
O curioso aparato é de invenção brasileira, do jornalista e empresário Ricardo Fittipaldi. O canudo realiza duas filtragens, que eliminam resíduos e substâncias da urina, além de uma purificação, que a deixa livre de bactérias e outros organismos que poderiam ser prejudiciais. Seu uso principal seria em situações de risco, como resgates, além de ser presença obrigatória em kits de sobrevivência.
O Tecmundo já noticiou o invento – que gerou polêmica entre os leitores, pois a maioria não achou o H2Life nada higiênico, apesar das garantias do Inmetro, que aprovou totalmente o produto.
O
aparelho portátil da Sony, que revolucionou a indústria fonográfica ao
dar liberdade às pessoas de ouvirem o que quiserem com um aparelho que
pode ser carregado no bolso, tem suas origens em terras brasileiras.
Nascido na Alemanha e criado no Brasil, Andreas Pavel desenvolveu em
1972 o primeiro reprodutor estéreo de áudio portátil (utilizando as
finadas fitas cassete), sob o nome de stereobelt.
Ele até registrou as patentes em vários países, mas a Sony iniciou a produção de seu produto anos depois sem a devida autorização ou realização de pagamentos a Pavel. Foi apenas na década de 2000, após muita pressão sobre a empresa, que os royalties foram finalmente concedidos ao legítimo inventor do aparelho.
No mundo da tecnologia, entretanto, isso não é bem assim. O Brasil é bastante respeitado na área e tornou-se com o tempo um grande berço de inovações que alcançaram todo o globo.
O Tecmundo juntou alguns desses notáveis pesquisadores em uma verdadeira seleção brasileira com o melhor da tecnologia tupiniquim.
Radiotransmissão: o padre pioneiro
Quando pensamos em avanços na ciência, logo imaginamos a modernidade, os aparelhos revolucionários e as descobertas recentes. Mas o Brasil já era um expoente na área há muito tempo, como no caso do padre gaúcho Roberto Landell de Moura, que é um dos responsáveis pelo invento do rádio.Um protótipo do modelo utilizado por Landell.(Fonte da imagem: Wikipédia) |
Infelizmente, o governo brasileiro não o ajudou na continuidade do projeto e apenas algumas de suas patentes foram reconhecidas aqui e nos Estados Unidos – ao contrário do italiano Marconi, considerado mundialmente como o inventor do rádio, que foi devidamente financiado e desenvolveu de vez a tecnologia.
Kinect: toque tupiniquim no Xbox 360
Na E3 de 2010, o mundo foi apresentado ao Project Natal (rebatizado de Kinect), uma revolucionária tecnologia para os video games. A proposta todo mundo já conhece: jogar no console da Microsoft sem a ajuda de controles, utilizando apenas comandos feitos pelos movimentos do corpo do jogador, que é rastreado por um sensor especial.O que pouca gente conhece é que um brasileiro é a cabeça por trás do aparelho: o engenheiro curitibano Alex Kipman, que vivia há mais de dez anos nos Estados Unidos quando teve a ideia para o aparelho.
Maglev Cobra: o trem sustentável
Há alguns anos, os trens maglev já existiam em outros países, até mesmo em escalas comerciais, como é o caso da China. Mas isso não impede o Brasil de ter sua participação: o Maglev Cobra, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é um promissor projeto na área de transporte público.(Fonte da imagem: Maglev Cobra) |
BINA: quem está me ligando?
Todas as vezes que seu telefone tocar e um pequeno aparelho informar qual é o número de quem está efetuando a ligação, agradeça ao eletrotécnico mineiro Nélio Nicolai, inventor do BINA, o popular identificador de chamadas.Mundialmente utilizado, o aparelho é capaz de rastrear quem está efetuando a chamada através da identificação de sinais e modulações de frequência. Projetado e patenteado em 1977, mas lançado só cinco anos depois, o BINA significa que “B (o receptor) identifica o número de A (quem está ligando)”.
(Fonte da imagem: Submarino) |
O uso do etanol: um substituto real para a gasolina
Antes da década de 1970, quando o assunto era combustível para automóveis, ninguém imaginava que haveria uma alternativa real para a gasolina. Foi aí que aí que o engenheiro Urbano Ernesto Stumpf desenvolveu e patenteou uma série peças que constituíam o motor a álcool, abrindo as portas do etanol para o mundo.O Dodge 1800, primeiro carro a álcool no Brasil. (Fonte da imagem: Wikipédia) |
Cinco anos depois, após a primeira grande crise do petróleo, o governo brasileiro entendeu a necessidade de apostar na invenção e lançou o Pró-Álcool, um programa nacional que incentivava o uso do combustível em veículos brasileiros.
O plano deu certo: atualmente, o país é o segundo maior produtor, o maior exportador e o primeiro a atingir o uso sustentável em etanol. O sucesso também é garantido pelos investimentos agrícolas na coleta da matéria-prima (no nosso caso, a cana-de-açúcar), mas a política sustentável brasileira também é reconhecida lá fora.
H2Life: a água potável que vem de você mesmo
Vai um gole aí? (Fonte da imagem: Revista ALFA) |
O curioso aparato é de invenção brasileira, do jornalista e empresário Ricardo Fittipaldi. O canudo realiza duas filtragens, que eliminam resíduos e substâncias da urina, além de uma purificação, que a deixa livre de bactérias e outros organismos que poderiam ser prejudiciais. Seu uso principal seria em situações de risco, como resgates, além de ser presença obrigatória em kits de sobrevivência.
O Tecmundo já noticiou o invento – que gerou polêmica entre os leitores, pois a maioria não achou o H2Life nada higiênico, apesar das garantias do Inmetro, que aprovou totalmente o produto.
Walkman: o som portátil é coisa nossa
(Fonte da imagem: Sony) |
Ele até registrou as patentes em vários países, mas a Sony iniciou a produção de seu produto anos depois sem a devida autorização ou realização de pagamentos a Pavel. Foi apenas na década de 2000, após muita pressão sobre a empresa, que os royalties foram finalmente concedidos ao legítimo inventor do aparelho.
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Viu só como o Brasil tem muito do que se orgulhar em termos de
tecnologia? E olha que tivemos que deixar muita coisa de fora! O que
você acha que ficou faltando? Qual sua tecnologia tupiniquim favorita?
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Este material está disponível em: www.TecMundo.com.br
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David Franklin