segunda-feira, 30 de maio de 2011

Foxconn apresenta lista de exigências e não define local para abrir complexo de produção de tablets

Lino Rodrigues e Ronaldo D'Ercole
SÃO PAULO - O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, afirmou na quinta-feira passada, dia 26/05/2011, que a taiwanesa Foxconn apresentou "uma lista de necessidades" (leia-se exigências) para consolidar seus investimentos no país e construir um complexo industrial para a fabricação verticalizada de produtos eletroeletrônicos, nos moldes do que a empresa tem na China.
A companhia anunciou no fim de abril, durante uma visita da presidente Dilma Rousseff à China, a intenção de investir cerca de US$ 12 bilhões no Brasil. Segundo o ministro, a unidade da Foxconn já em funcionamento em Jundiaí, a 60 quilômetros da capital paulista, será mesmo reestruturada para abrigar as linhas de produção de tablets (iPad) e celulares (iPhone) da Apple.
Quanto ao complexo industrial (a chamada "cidade inteligente", como está sendo tratada pelos taiwaneses), a empresa ainda está a procura de um local que reúna vantagens como acesso fácil a rodovias, proximidade de um aeroporto internacional, grande disponibilidade de energia e banda larga e uma área com pelo menos 50 mil metros quadrados.
- O que eles disseram é que a planta para produzir um tipo de tablet e o iPhone será em Jundiaí, onde eles já estão. Mas o grande investimento, a chamada cidade inteligente, não está definido nem o estado e muito menos o município onde será implantada. Eles estão avaliando uma lista de áreas que levantaram - disse Mercadante, após participar de um seminário sobre política industrial e emprego promovido pela Federação das Indústrias do Estado São Paulo (Fiesp) e centrais sindicais.
Equipe do governo negocia locais com a empresaO ministro, que teve uma reunião de mais de três horas com representantes da Foxconn na quarta-feira, informou ainda que uma equipe do governo está negociando com os técnicos enviados pela empresa toda a agenda de investimentos e também a definição da área que abrigará o complexo industrial.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, também presente ao seminário, disse que, em função dos investimentos da Foxconn, em três anos o Brasil será o primeiro país fora da Ásia com uma unidade para produzir telas (displays) de cristal líquido para tablets e celulares, graças às exigências que foram incluídas nas regras do novo Processo Produtivo Básico (PPB), que permitirá a concessão de benefício fiscais.
- Colocamos no novo PPB exigências muito altas, muito pesadas de componentes nacionais num prazo razoavelmente curto. A partir de 2012 nós vamos incorporar cada vez mais nacionalização nos tablets - afirmou Pimentel.

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David Franklin