Nos esportes de alta performance, o corpo faz o papel de verdadeiras super-máquinas de competição! A exigência é extrema; ao mesmo tempo, o desgaste. Assim, atletas vivem uma relação difícil, porém inevitável, com lesões e contusões. O Doutor Arnaldo Hernandes, especialista em medicina esportiva, explica que a maior preocupação dos atletas é saber quando voltarão a jogar. "Temos que tentar otimizar, sem esquecer de trabalhar com segurança", diz.
Hoje, em praticamente todos os esportes de alto rendimento, as lesões nos ligamentos do joelho estão entre as grandes vilãs. Acontecem toda hora e são um desafio enorme para a medicina esportiva. Os tratamentos e cirurgias de joelho sofreram grande evolução quando os ortopedistas passaram a conhecer melhor o funcionamento e anatomia dessa articulação.E no início do século, mais precisamente em 1918, no Japão, foi feita a primeira artroscopia e deu-se início a uma verdadeira revolução nas cirurgias de joelho – que só foi possível graças à tecnologia.
O ortopedista do Hcor, Doutor Rene Jorge Abdalla, explica que para muitos procedimentos não há mais a necessidade de operar o joelho. "Nós fazemos [a cirurgia] utilizando o vídeo. Isso diminui a morbidade. Ou seja, a agressão a articulação e, obviamente, a recuperação fica mais rápida. A astroscopia tem sido a grande evolução no tratamento das lesões esportivas no joelho", explica.
Apesar de a artroscopia ser algo relativamente antigo, a técnica é aprimorada a cada ano com o uso de equipamentos cada vez mais sofisticados e dezenas de avaliações computadorizadas. Segundo Abdalla, uma lista de testes feitos por computador é dada ao atleta que, por exemplo, precise voltar para seu clube. Esses testes aprovam e checam aquimos que o médico afirma e permite que o atleta volte com segurança ao esporte.Mas a medicina esportiva não se resume só a cirurgia de joelho. Outros equipamentos modernos auxiliam no diagnóstico e, principalmente, no tratamento de contusões. As salas de reabilitação e fisioterapia estão repletas deles. Um exemplo simples é a terapia a laser.
Os diagnósticos por imagem como a ressonância magnética e equipamentos de raio-x de alta definição, também contribuem muito para um diagnóstico mais preciso das lesões ortopédicas. "Até pouco tempo atrás se utilizava o raio-x convencional. Começaram a usar o raio-x digitalizado e, hoje, usa-se o raio-X digital. A imagem fica muito mais nítida e acurada. Nós estamos conseguindo fechar em cima de diagnósticos que até a pouco tempo não se conseguia", comenta Thomas Wolff, veterinário da seleção brasileira de hipismo.
Mas, o que chama atenção mesmo é este equipamento: o termovisor. Avaliado em algo em torno de US$16 mil (cerca de r$30 mil), o aparelho lê, com muita precisão, a temperatura das diferentes partes do corpo. A técnica é muito utilizada em cavalos de competição, mas também já é aplicada em seres humanos. E dá resultado.
Toda essa evolução acompanha o desempenho dos atletas dos mais altos níveis não só no Brasil, mas em todo o mundo. As inovações na medicina contribuem para que as competições sejam cada vez mais acirradas. Mas claro, nada substitui a experiência e sensibilidade dos médicos especialistas. Esta reportagem encerra a séria Esporte Digital e sem você perdeu as outras edições, acesse os links que acompanham essa matéria e confira toda a tecnologia envolvida no esporte moderno.
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David Franklin