“A operação Hígia não passou de um grande mal-entendido”, diz Anderson Miguel

Dono da A&G Locação de Mão-de-Obra disse estar “tranqüilo” e que tudo será esclarecido no final das investigações pela Polícia Federal.

Por Fred Carvalho

“A operação Hígia não passou de um grande mal-entendido”. A declaração é do advogado e empresário Anderson Miguel da Silva, um dos proprietários da A&G Locação de Mão-de-Obra. Anderson e a mulher dele, a sindicalista Jane Alves de Oliveira, foram presos durante a ação da Polícia Federal, deflagrada no dia 13 passado.

Anderson Miguel disse que teme pela segurança dele e de Jane Alves. “A Polícia Federal colocou para a imprensa que a investigação se baseou em denúncias feitas por minha mulher, mas isso não aconteceu. Devido a essa situação, temo por mim e muito mais por ela. Mas como somos inocentes, tudo vai acabar bem”.

A operação Hígia prendeu 13 pessoas suspeitas de participarem de um esquema que fraudava contratos celebrados entre empresas de locação de mão-de-obra com o Governo do Estado, entre elas o filho da governadora Wilma de Faria, Lauro Maia. Todos os presos já foram liberados pela Justiça Federal.

A Polícia Federal tem até 13 de julho para concluir o inquérito instaurado.

O empresário voltou a afirmar que está com a consciência tranqüila. “Ao final das investigações, tudo será esclarecido. Estou com a minha consciência absolutamente tranqüila. A operação não passou de um grande mal-entendido”, alegou.

Anderson Miguel confirmou que mantinha contatos com todos os demais empresários e com outras pessoas presas. “Como faço parte do sindicato das empresas de locação de mão-de-obra, conhecia os demais empresários. E em relação às demais pessoas, as conhecia porque Natal é uma cidade pequena, onde todo mundo se conhece. Mas posso assegurar que nunca tratamos de fraudes”, disse.

“A prisão mais injusta foi a Maria Eleonora Castim. A polícia usou como provas duas conversas telefônicas minhas com ela. Numa, eu perguntava sobre o pagamento de uma verba que o Governo me devia. Em outra, ele me pedia para empregar algumas pessoas conhecidas dela. Se a polícia for prender todo mundo que me pede emprego, vai ter que construir muitos mais presídios, pois todos os dias várias pessoas procuram minha empresa para entregar currículos”, disse Anderson Miguel.

Candidatura

O empresário voltou a afirmar que deve ser candidato à prefeito de Barra de Maxaranguape pelo PSDC. “A convenção será no próximo dia 29 e espero sair vencedor. Vou concorrer porque sei da minha inocência”.

O empresário disse que Jane Alves ainda não definiu se vai manter a pré-candidatura a vereadora em Natal, como havia anunciado anteriormente.

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